A Disciplina Positiva
Tantas vezes achamos que fomos permissivos ou até severos demais na educação com nossos filhos. E muitos ainda se acham no direito de julgar tais situações sem referencial algum.
Já dizia que infelizmente não há receita infalível em educar uma criança, o que é permissivo para uns, em outro contexto pode não ser.
E vice-versa. Todos acostumados com a “velha e boa” palmada, até julgam que nada além dela ofereça algum resultado.
Creio que o conceito da disciplina positiva equilibre todos estes pensamentos.
O que os outros esperam
O resultado de uma criança “bem” educada que todos esperam e lutam por ele é demorado, e mal interpretado por todos.
A Disciplina Positiva está no meio do caminho entre a severidade e a permissividade. Considero que ela seja o ponto de equilíbrio, e embasa a educação infantil no afeto e na firmeza levando em consideração o respeito à criança.
Como funciona
Na Disciplina Positiva, os pais entram como mediadores, estabelecendo regras e limites para criança, promovendo sua autonomia, eliminando os castigos tradicionais. Há alguns preceitos nessa abordagem como:
- Ajudar a criança a sentir CONEXÃO com a família e a escola (sentir-se importante);
- Incentivar o RESPEITO MÚTUO. Ser firme e gentil ao mesmo tempo.
- Resultado em LONGO PRAZO (Considerar o que a criança está pensando, sentindo, aprendendo e decidindo sobre si mesma e sobre seu meio social – e sobre o que fazer no futuro para sobreviver e para ser bem- sucedido);
- Ensinar HABILIDADES SOCIAIS e HABILIDADES DE VIDA (Respeito, cuidado para com os outros, resolução de problemas e cooperativismo);
- Incentivar a criança a DESCOBRIR SUAS CAPACIDADES. (Encorajar o uso construtivo do poder pessoal e autonomia).
No dia-a-dia nem sempre é fácil executar todos os preceitos acima. Há algumas dicas que tem facilitado todo o processo.
Utilizar a empatia em todo momento é importantíssimo, torna mais fácil impor uma regra, por exemplo.
Empatia significa colocar-me no lugar do outro (no caso, a criança). Algo que funciona muito aqui entre mim e o Estêvão são os combinados.
Combinando por exemplo, que ao chegar à casa da vovó não se deve mexer nos armários. Aí quando se chega ao local, se a criança mexer, perguntar a ela qual foi o combinado. É interessante que isso o estimula a pensar.
Na Disciplina Positiva a criança tem de se sentir responsável pelo seu comportamento, deste modo os pais (mediadores) estarão dando a ela a responsabilidade pelos seus atos.
E devemos estar atentos para criticar a ação e não a criança. Frases do tipo “você é uma criança mal educada” são muito generalistas.
O correto deveria ser “você foi grosseiro com o colega e ele se sentiria melhor se você se desculpasse com ele.”
É imprescindível focar no lado positivo da criança, diferenciando sempre a ação da pessoa, embora a exaustão, mau humor e cansaço do dia-a-dia nos impeçam.
A prática desta disciplina tem contribuído muito para que eu amadureça os modos de educar que já existiam dentro de mim, que me acompanhavam por influências familiares.
E toda essa preocupação em aprender um modo de educar, de acertar, de fazer o melhor neste quesito só me faz crescer como pessoa, como mãe.
Conclusão
Tenho muitas dificuldades ainda sobre como exercer esta disciplina com o Estêvão, mas quando olho em volta, penso que não está tão difícil assim. Não é modéstia não. É que para nós (todos) a grama do vizinho de vez em quando tem de ser mais verde que a nossa.
E como é complicado (quase impossível) não comparar o nosso filho com o coleguinha dele! Todavia já me sinto vitoriosa em conseguir exercer quase em sua totalidade os preceitos da Disciplina Positiva aqui em casa.
Você já experimentou a disciplina positiva com seu filho? Conte o que achou nos comentários! Vamos conversar!
O Integralmente Mãe nasceu em 2017, quando, recém-demitida após a chegada do meu filho, fui impulsionada a buscar uma nova forma de gerar renda — com mais liberdade e sentido. Foi nesse processo que descobri o poder dos blogs e do empreendedorismo digital. Desde então, este espaço se tornou um refúgio de inspiração para mães que querem viver a maternidade com mais leveza, informação e propósito. Aqui, além de compartilhar caminhos para conquistar liberdade financeira através de blogs, também encorajo mães cristãs a viverem a maternidade como foram criadas para viver: de forma íntegra, intencional e cheia de graça.
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vou tentar agora, porque meus filhos são muito insubordinados. não ficam quietos em hipótese alguma. conversamos com o de 5 anos, para que ele faça menos confusão, porque o irmão mais novo está a seguir o mesmo caminho. houve palmadas de vez em quando e ameaças. tenho medo de comportamentos desviantes.
Isso, tente e volte para nos contar!