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Como conectar-se de verdade com seu filho através dos 8 passos da criação com apego

Afinal o que é Criação com Apego?

A teoria da Criação com Apego surgiu quando em 1950 o psicólogo Jonh Bowlby percebeu que os bebês têm uma forte necessidade de segurança no começo da vida. E que isso significa estar perto de quem cuida deles.

Este cuidado e aproximação com os pais (ou cuidadores) é o primeiro passo para que a criança desenvolva uma conexão segura com os adultos, conforme a definição da criação com apego, ou ainda em inglês attachment parenting.

Segundo Jonh Bowlby, este contato físico é especialmente importante nas primeiras semanas e meses de vida do bebê. Estar pertinho do bebê faz com que consigamos atender melhor às necessidades dele.

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E justamente por estar mais próximo do filho, a mãe consegue responder com maior assertividade às demandas do filho. E com isso o prepara para desenvolver o controle de suas próprias emoções.

Por que a Criação com Apego?

O foco da Criação com Apego é auxiliar a criação de vínculos afetivos (apego) seguro entre pais e filhos. Entretanto para que isso aconteça todos devem estar prontos para se doar em prol deste objetivo.

Enquanto que para os pais exercer tudo isso requer disponibilidade emocional, para os bebê isso é questão de sobrevivência.

Criação com Apego
Designed by Photoduet / Freepik

E para que o atendimento às necessidades dos bebês sejam consistentes e amorosos, este conceito preza por 8 princípios, ou ferramentas, de acordo com Thiago Queiroz, o Paizinho Vírgula.

Os princípios básicos

1 – Gestação, nascimento e criação

Devemos começar do começo, não é mesmo? E nada mais justificável que iniciar este processo através da preparação para a chegada do bebê.

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Entretanto isso vai muito além de fazer um curso para gestante ou buscar um parto natural humanizado.

Solucionar conflitos acerca de sua própria infância para que possíveis traumas ou problemas emocionais passados não sejam repassados para seu filho, estão entre um dos preparos deste primeiro princípio.

É imprescindível que você estude diferentes filosofias de criação, opções de parto, amamentação, questões sobre rotinas com recém-nascido.

E acima de tudo, defina expectativas realistas para você e o bebê, sendo sempre flexível e discutindo tais questões com o parceiro (pai do bebê).

2 – Alimentando com amor e respeito

Através da alimentação é possível gerar e criar vínculos muito fortes. A amamentação é o início disso.

E posteriormente deve continuar com uma alimentação equilibrada e refeições com momentos de união em família, afim de fortalecer cada vez mais este vínculo.

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A criação com apego orienta que é interessante a amamentação em livre demanda, de acordo com as necessidades do bebê.

Decisões como uso de mamadeira e chupetas devem ser feitas com bastante informação e sabedoria.

Ainda que se faça uso de bicos artificiais, deve-se associá-lo com o colo e atenção exclusiva ao bebê, para que estes não se tornem objetos de transição.

A introdução alimentar, bem como de alimentos sólidos deve ser feita quando o bebê der sinais de que está pronto. Não se deve estabelecer faixa etária para que isto aconteça.

É recomendado que o bebê desenvolva o paladar naturalmente e ainda que a amamentação continue mesmo após a introdução alimentar.

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Todavia caso seja necessário desmamar a criança após os seis meses, que isso seja feito de modo gentil.

3 – Respondendo com Sensibilidade

A Criação com Apego se fundamenta na sensibilidade das respostas às necessidades do bebê.

A base de de um vínculo afetivo seguro e saudável se aplica no dia a dia, em que valores como empatia e compaixão são exercidos sem cessar.

Este estilo de criação acredita que é perfeitamente normal que bebês desejem contato físico constante, pois sentem-se seguros assim. Não se deve ignorar o pedido de afeto.

O choro do bebê é o meio que ele tem de dizer suas necessidades. E as birras representam sua realidade emocional. E estas precisam ser levadas à sério.

Quando há uma explosão de raiva, o ideal é que os pais ofereçam conforto e aconchego ao filho, ao invés de punição ou brigas.

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E mesmo quando a criança estiver mais crescida, é importante manter uma conexão baseada no respeito aos sentimentos da criança, buscando sempre entender as necessidades por trás de seus comportamentos.

4 – O contato afetivo

O uso de slings, o momento da amamentação, abraços, aconchegos e carinhos são alguns exemplos de atender a necessidade do toque. O contato pele a pele traz vários benefícios para o bebê.

São eles: estímulo dos hormônios de crescimento, a melhora do desenvolvimento intelectual e motor, regulação da temperatura corporal. Isso tudo além de influenciar positivamente nos batimentos cardíacos e padrões de sono.

As crianças que recebem contato afetivo têm mais chances de ganhar peso mais rápido, mamar melhor, chorar menos e serem mais calmas.

Sem contar que tudo isso só colabora para engrandecer mais ainda os laços afetivos entre você e seu filho!

5 – Sono seguro, física e emocionalmente

Segundo o princípio da Criação com Apego, os bebês precisam da garantia de pais amáveis para se sentirem seguros durante a noite.

Neste tipo de criação, incentiva-se a prática de técnicas para que os bebês durmam próximos aos filhos. Teoricamente, é o que chamamos de cama compartilhada.

Pode ser algo sobre a mesma superfície como um moisés ou bercinho acoplado à cama do casal.

O objetivo maior é tornar as rotinas noturnas relaxantes, criando hábitos de sono mais saudáveis.

Além disso, esta nova rotina ajuda o pequeno a entender os sinais do próprio corpo, a ponto de fazer a transição para a própria cama de modo gentil.

6 – Cuidado consistente e amoroso

Você precisa entender que o cuidado diário e as interações amorosas constroem laços fortes entre pais e filhos.

A-Criação-com-Apego-em-8-passos
Designed by Prostooleh / Freepik

Com isso, ainda que nenhum dos pais tenha disponibilidade de tempo para cuidar do bebê integralmente, é importantíssimo que ele fique com alguém que tenha alguma ligação, conexão com ele. Afim de garantir de certa forma laços afetivos e amorosos.

As rotinas tem papel fundamental neste processo. É fundamental respeitar os sentimentos do seu filho quando você precisar separar-se dele por curtos períodos.

E afim de efetivar este respeito, é necessário que os pais dediquem tempo no retorno para se reconectar com o filho. Resumindo, choros serão inevitáveis!

E neste tempo busque meios de envolver seu bebê em sua rotina. Leve-o para passear a noite, faça exercícios com ele no sling. Ao invés de fazer o bebê adaptar às suas rotinas, faça o inverso: Insira-o nas suas.

Frequente mudanças de cuidadores e berçários prejudicam o processo de criação de vínculos. Esteja bastante atenta a isso!

7 – Praticando a disciplina positiva

A disciplina que todos conhecemos é autoritária, punitiva e agressiva. Todos nossos pais a tiveram na infância. A disciplina positiva é o oposto em muitos conceitos.

Esta disciplina te como regra maior tratar os pequenos como nós gostaríamos de ser tratados. A empatia, a gentileza, o respeito e afeto norteiam a educação infantil.

A disciplina positiva utiliza técnicas de distração, prevenção e substituição para levar de modo gentil os filhos para longe do perigo, a explorar o mundo.

Entretanto, para que isso aconteça é necessário entender quais as necessidade não atendidas.

E posteriormente trabalhar em conjunto em busca de respostas. E para isso cria-se um ambiente saudável, propiciando o “sim”.

Este conceito tem como base muito diálogo. Ouvir e pedir desculpas são fundamentais, já que esta disciplina é embasada no respeito e na sensibilidade.

8 – Equilíbrio entre vida pessoal e familiar

Este princípio existe justamente para você, mãe, não esquecer de você e de suas necessidades. E é por este motivo que este também é o princípio mais “esquecido”.

Criação com apego
Designed by prostooleh / Freepik

Afinal, nossos filhos representam grande parte de nossa rotina diária que facilmente esquecemos de cuidar de nós mesmos! Em um mundo que não existe, até poderíamos dar conta de tudo e todos.

E é justamente por este “mundo” não existir que precisamos de ajuda externa, chamada de rede de apoio. Pessoas conectadas à você e a seu filho estão dentro desta rede.

E além de contar com ela, você precisa aprender a dizer “não”, priorizar pessoas ao invés de coisas, tirar um tempo para cuidar de você.

Eu poderia fazer uma lista imensa, mas só de você lembrar quais são as prioridades em sua vida, você já saberá o que deverá ser feito para que ela aconteça.

A Criação com Apego por aqui

Comecei a entender este conceito após o nascimento do meu filho, Estêvão. Mal sabia eu a influência da escolha do parto neste conceito de criação afetiva.

A questão é que ainda na gravidez, tudo que se referia ao meu filho devia ser feito de modo gentil, respeitoso.

E após esta busca , notei que muitos também buscavam a mesma coisa. Logo conheci a Disciplina Positiva e a Criação com Apego (oficialmente).

Confesso que não segui na íntegra. E incrivelmente, não esqueci do último princípio (o do equilíbrio)!

Talvez seja por isso que não tenha uma opinião bem formada a respeito de “cama compartilhada” e “amamentação em livre demanda”.

Eu buscava (ainda busco) todos 8 os princípios que mencionei aqui. Mas os executava desde que não afetasse o meu bem estar físico e mental.

Este é o ponto de equilíbrio! E passei por esta experiência com a cama compartilhada.

Estêvão dormiu desde sempre no bercinho, no quartinho dele. Tudo bem que ele era um bebê muito bonzinho! Dormiu a noite toda após um mês de vida!

Com isso, garanti uma qualidade de vida a mais para mim! Já que com isso consegui dormir melhor!

Eu poderia dizer o mesmo sobre a amamentação em livre demanda, mas não tive esta experiência!

Agora quero saber de você! Você segue ou busca seguir este tipo de criação? Vamos conversar nos comentários!


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