Vida de mãe profissional
Você tem uma rotina como a de qualquer mulher, trabalha o dia todo e está se realizando profissionalmente. Logo acontece a tão esperada gravidez. E as quarenta semanas passaram tão rápido que você não teve tempo para imaginar como seria continuar sua vida de mãe profissional.
Logo o bebê nasce, você entra de licença maternidade. E ainda assim nada se conclui, nenhuma decisão é feita em relação a isso. Apesar de não conseguir imaginar lidar com a nova vida (a de mãe), você segue em frente e volta ao trabalho após o término da licença maternidade. Mas o dilema só começou!
Pede pra sair
O fato descrito acima é bastante comum, entretanto muitas mulheres acostumam com a situação de tal forma que nem a comentam, daí todos acham “normal”. Eu passei pelo que descrevi acima, e o meu dilema teve fim com a minha demissão.
Na época que retornei ao trabalho, não estava convicta que ficar em casa é o melhor a ser feito, até por que isso me gerava certa insegurança com o futuro. Mesmo crendo que o tempo da infância era e é único e passageiro, eu não me sentia completa com esta possibilidade.
VIDA DE MÃE DA MÃE EMPREENDEDORA!
Há casos de mães que retornam ao mercado de trabalho dez anos após o nascimento dos filhos, fase em que as demandas que as crianças exigem são bem menores. Entretanto, os salários e cargos não são os mesmos. São bem menores.
Ficar em casa
Após minha demissão, permaneci cem porcento do tempo cuidando do Estêvão, da casa, da educação dele e enfim, de tudo. Já são dois anos nesta vida (nova). Comecei a pensar que era mais feliz quando eu trabalhava fora.
Mas logo pensei, eu ficava fora de casa o dia todo, será que não haveria algum modo de ficar um pouco menos fora de casa? Notei que deixar o emprego para trás significa bem mais do que aquela diferença de dígitos na conta corrente.
Cem por cento do meu tempo dedicado ao trabalho e cem por cento do meu dia em casa (com meu filho, mas ele estuda na metade do dia!), onde está o equilíbrio? As dificuldades da vida de mãe profissional tornaram-se cada vez mais presente.
Algumas mães se culpam por não trabalhar e daí não se considerarem um bom modelo para os filhos. E há ainda mães que se culpam por trabalharem demais e não estar disponível como gostaria (ou/e devia).
Nas duas circunstâncias haverá exemplo a ser deixado para os filhos. E ser o único sentido da vida de alguém não é bom para ninguém, até mesmo para os filhos.
Nestes dois anos de “desempregada” não senti culpa de estar em casa e não estar trabalhando, provavelmente por que eu já estava insatisfeita profissionalmente. E para acontecer alguma mudança, eu precisava sair, mudar de emprego.
Então a transição para minha vida de mãe profissional, aconteceu em uma época oportuna. Nestes anos posso dizer que acompanhar o crescimento e desenvolvimento do meu filho e ainda ter a oportunidade de ensinar certas coisas, paga qualquer preço.
A maior vantagem de estar em casa é a possibilidade de educar os filhos, imprimir seus valores neles de modo flexível, em momentos aleatórios do dia-a-dia.
A verdade é que sinto que trabalho muito mais em casa que antes, quando trabalhava fora. Mas muitos acreditam que a mãe que larga o emprego não tem nada para fazer ou tem uma vida muito tranquila.
Engano. Quanto menor os filhos, maior é a demanda. E o simples fato de se dedicar exclusivamente a eles aumenta a pressão externa para que tudo funcione perfeitamente dentro de casa. E ainda não há espaço para reclamação. Caso o faça, vão dizer que você que desejou que as coisas fossem assim.
Cuidar dos filhos é mais cansativo que trabalhar o dia todo. E certamente mais estressante. Eu diria que o cansaço é físico, enquanto que trabalhando fora o cansaço é mental. É fazer comida, lavar roupa, recolher roupa seca, guardar, passar!
Levar criança para escola, preparar o lanche escolar, cuidar da lição de casa, levar ao médico e em todas as atividades extras e enfim, o que acontece no dia-a-dia, educar, colocar limites. Mãe abre mão de uma coisa socialmente reconhecida, o trabalho, por algo que não é reconhecido.
E as contas?
Este assunto foi uma das minhas preocupações assim que deixei meu trabalho. Mas logo descobri que só o fato de eu não ter de me deslocar para ir ao trabalho todos os dias, já estaria economizando bastante dinheiro.
Se colocarmos na ponta do lápis, ao deixar de trabalhar eu não iria ter gastos com babá ou creche (meu filho estava com 2 anos na época), combustível que seria gasto para ir e voltar de casa todos os dias, comida pronta que muitas vezes eu acabava comprando quando eu chegava em cansada, roupa social para ir trabalhar e até os custos médicos com a criança se reduzem, já que permanecendo em casa, ela não vai adoecer com a frequência de antes.
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Como achar o equilíbrio?
Dedicar todo o tempo do seu dia ao seu trabalho não é legal. E dedicar todo este tempo ao seu filho pode ser legal até ele completar os seus três ou quatro anos. Por que quando ele estiver na escola, se você tiver optado por permanecer em casa cuidando dele você fará o que no período de ausência dele? E foi pensando desta forma que eu encontrei meu equilíbrio. Infelizmente, ainda não estou vivendo nele, mas descobri-lo já foi fascinante.
O equilíbrio encontra-se onde você se sentir bem! Eu estudei, tenho uma profissão! E preciso concretizar isso para me sentir bem, realizada, útil. Não só financeiramente. Mas meu sentido na vida não está concentrado apenas no meu filho, no meu marido, na minha casa, na minha família. Tudo se completa.
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E eu preciso de tudo para ser e estar feliz, realizada. Entretanto, nem sempre é possível conciliar a vida de mãe profissional. Pode haver perdas e é preciso lidar com elas. Neste momento é saudável priorizar o mair importante para nós e assumir de fato as nossas escolhas.
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Trabalhei no meio corporativo por 20 anos. Qdo o Pedrinho nasceu ainda trabalhei bastante, agora estou home office e estou adorando
Minha experiência foi um pouco diferente. Eu voltei ao trabalho após a licença maternidade e continuo assim até hoje. Foi muito difícil deixar meu bebê aos cuidados de outras pessoas para voltar a trabalhar. Até escrevi uma poesia sobre isso: http://somelhora.com.br/2015/11/12/setimo-mes-do-bebe-retorno-ao-trabalho/
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Essa história é bem parecida com a minha meu filho está com 2 anos de idade estou tentando voltar p o mercado de trabalho mais ainda estou muito insegura.
Não sei qual sua área de atuação…mas atualmente quero retornar, e está muito difícil, acho que terei de estudar, me atualizar bastante.