O perfil do consumidor tem mudado consideravelmente ao longo dos anos, alcançando características cada vez mais distintas e idades cada vez menores.
Isso significa, que não é de hoje que crianças já não são apenas participantes coadjuvantes nas decisões de compras de brinquedos. Hoje, elas também fazem parte do grupo de consumidores, que têm poder de escolha e influência sobre o mercado.
E não é à toa que grandes marcas vêm investindo em públicos cada vez mais jovens, oferecendo inúmeras oportunidades e atrativos, que poderão se tornar vendas, a partir do interesse dos pequenos.
Para entender melhor sobre a mudança de comportamento do consumidor e como o marketing alcança esse público, continue com a leitura.
A influência das crianças sobre compras domésticas
Se antigamente as crianças eram alvo de campanhas de publicidade voltadas para brinquedos e artigos infantis, hoje elas são vistas como potenciais influenciadores dentro da família.
De acordo com um estudo online “Meet the parents”, realizado e divulgado pelo Ipsos Media CT e também comissionado pelo Facebook, 59% dos pais entrevistados afirmaram que seus filhos têm muito mais influência sobre as compras da casa, do que eles tinham em suas famílias enquanto cresciam.
Os números confirmam e estão por toda a parte:
- 65% dos pais assumiram influência dos filhos no momento da decisão sobre viagens.
- 73% dos pais assumiram que há influência no momento da compra de artigos de higiene pessoal e de cosméticos.
- 70% dos pais afirmaram que os filhos influenciam sobre as decisões de refeições.
- 70% dos pais entrevistados afirmaram haver influência dos filhos sobre decisões de investimentos e serviços financeiros.
- 88% admitiram sofrer influência dos filhos ao comprar algum tipo de eletrônico.
O estudo “Crianças brasileiras”, realizado pelo IBGE, em parceria com a Dotz e com dados obtidos pelo Instituto Locomotiva também apontam para a nova realidade:
- 88% dos pais admiram sofrer alguma influência dos filhos enquanto fazem compras em shoppings e supermercados.
- 87% dos pais admitiram decidirem as compras nas lojas de brinquedo, baseados na opinião/indicação dos filhos.
- 79% dos pais admitiram a influência dos filhos no momento da decisão de frutas, legumes e verduras em sacolões, feiras e hortifrutis.
- 71% dos pais com filhos de 0 a 3 anos admitiram gastar mais com estão comprando na companhia das crianças.
- 80% dos pais com filhos de 4 a 12 anos admitiram gastar mais com estão comprando na companhia das crianças.
- 70% dos pais com filhos de 13 anos ou mais, admitiram gastar mais com estão comprando na companhia das crianças.
Em outras palavras, é possível afirmar que crianças são um excelente negócio e que podem ter a palavra final sobre uma decisão importante da família, que precisa estar atenta aos benefícios que aquela compra pode gerar, além de contentamento.
É como defendem Kotler e Keller, especialistas em marketing e autores de livros referenciais na área, quando dizem que “suprir necessidades gerando lucro” é o foco principal do marketing.
Como as marcas estão se adaptando às mudanças do comportamento do consumidor?
Como dito anteriormente, crianças já fazem parte do grupo de consumidores com poder de compra, ainda que precisem exercer influência sobre sua família para isso.
Ao perceber essa mudança de comportamento, as marcas decidiram investir em novas estratégias, que possam ser compreendidas pelos adultos e atrativas para as crianças.
Seguindo a ideia de encantamento, e não mais de venda limitadamente, grandes empresas têm investido milhões em readaptações e inovações para os pequenos influenciadores, que estão cada vez mais exigentes.
Sendo assim, é muito comum encontrar empresas que investem apenas em linhas para adultos, e que hoje já oferecem produtos direcionados para crianças, como roupas, sapatos, acessórios, maquiagem infantil, entre outras centenas de possibilidades.
No livro “A criança e o Marketing”, é possível compreender ao certo como funciona o processo de criação de produto até o momento em que ele chega ao alcance da criança.
A partir do material, compreendemos que é somente a partir de estudos extremamente direcionados, que serão determinados quais produtos serão vendidos e a forma como serão comunicados, a fim de despertar o sentimento de desejo, que poderá resultar em compra.
É preciso que a fase de estudos seja sólida, pois diferentes idades e segmentos dependem de diferentes estratégias.
De acordo com o estudo “Children’s understanding of television advertising: A grounded theory approach”, publicado por Andreas Andronikidis e Maria Lambrianidou, crianças com a idade máxima de 6 anos não conseguem diferenciar um programa de Tv e uma peça publicitária.
Enquanto isso, crianças até 12 anos não têm clareza ao compreender o objetivo principal da propaganda, nem mesmo de identificar quais são suas estratégias de persuasão.
Sendo assim, toda estratégia precisa ser pautada e segmentada, de acordo também com a idade de cada grupo de crianças, no intuito de alcançar todos os objetivos desejados desde o início.
O poder do marketing digital sobre os novos consumidores
Se crianças estão propensas a influenciar diretamente na decisão de compra de suas famílias, crianças com acesso à Internet são as maiores aliadas de empresas que vendem online.
Somente no Youtube, maior plataforma de vídeos do mundo, os canais infantis somam milhões de inscritos e bilhões de visualizações entre adultos que criam conteúdo para os mais novos e crianças, que usam sua influência para crescer na era digital.
Além delas, há ainda um número considerável de mães, principalmente as de primeira viagem e as da geração millennials, que passam mais tempo em frente às telas, procurando soluções e respostas antes de tomarem grandes decisões.
Dessa forma, podemos encarar o marketing digital como um grande impulsionador para o mercado como um todo, mas também um grande aliado das marcas que decidem investir em um público mais jovem, que está se conectando cada vez mais cedo.
A estratégia online permite, basicamente, que essas empresas possam estar na hora certa, no lugar certo, e de preferência, com a estratégia ideal para o público que a receberá.
Assim, utilizando a Internet como uma fortíssima aliada aos pais em relação ao acesso à informação, e aos filhos, oferecendo produtos que façam a diferença no dia a dia, será possível promover excelentes resultados à empresa.
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