Proporcionar uma alimentação infantil saudável aos nosso filhos tem sido uma preocupação cada vez maior. E você sabia que para isso é necessário que ensinar a criança a comer desde a introdução alimentar? Continue lendo e vamos descobrir isso na prática!
Alimentação infantil saudável
É assertivo manter o propósito de uma alimentação saudável, desde a introdução alimentar. E para que isso aconteça, há alguns passos a serem seguidos para crianças menores de dois anos e outros para maiores de dois anos. Vamos conhecê-los?
Passos para bebês até dois anos
- Até os 6 primeiros meses de vida a criança não precisa de nada além de leite materno. Não precisa de água, suco ou chá
- Após os 6 meses, ofereça gradualmente de forma lenta outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade, de acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.
- Comece a introdução de água (nos intervalos das refeições principalmente)
- Após os 6 meses também ofereça alimentos complementares como cereais, carnes, tubérculos, leguminosas, frutas e legumes.
- Após os 8 meses a criança já pode receber a refeição básica da família, desde que com temperos naturais e pouco sal.
- As refeições salgadas (complementares) devem ser espessas desde o início e oferecida na colher. Comece com uma consistência pastosa e aumente a consistência gradativamente até chegar à alimentação da família.
- Não se esqueça de manter um cardápio colorido. 5 cores no prato é o mínimo. Ofereça alimentos diferentes ao dia.
- Estimule o consumo diário de frutas, legumes e verduras.
- Evite café, enlatados, balas, salgadinhos, doces, refrigerante, frituras.
- Não se esqueça de cuidar do manuseio e armazenamento adequado das refeições do pequeno, principalmente porque é de costume congelar refeições durante a fase da introdução alimentar infantil.
Você sabia que para a criança aceitar um novo alimento é necessário que ela o experimente entre 8-10 vezes?
Lembre-se que nesta idade o paladar da criança está sendo formado. Daí a importância de contribuir beneficamente com isso. Um grande erro de muitas mães é achar que a criança passa vontade de comer as coisas.
Como elas vão passar vontade de comer algo que não conhecem? Não é vontade, é apenas curiosidade, o que não significa que justifica dar um ovo de páscoa para um bebê com menos de dois anos, não é mesmo?
Passos para Crianças acima de dois anos
Foi lançada anteriormente passos diretamente relacionados com alimentação infantil saudável. Você verá que agora, para crianças acima de dois anos, os passos para o sucesso desse feito, não estão diretamente relacionados com a alimentação propriamente dita.
Gabriela Kapim, nutricionista, autora de vários livros e apresentadora do programa Socorro! Meu filho come mal! (canal GNT) revela para nós agora os 10 mandamentos da alimentação infantil saudável.
- Para NÃO gostar de um alimento, a criança precisa experimentar muitas receitas. A forma de preparo tende a mudar a aceitação da criança.
- Nada de TV, Tablets, video game ou celular ligado durante as refeições
- Todos devem estar sentados à mesa, é um momento familiar
- Você é o melhor exemplo. O que você coloca no prato?
- O prato precisa ter 5 cores diferentes (variação de nutrientes)
- Não pode haver negociação entre comida e brinquedo ou quaisquer outra coisa
- Comer bem é sinônimo de educação, e se aprende em casa desde cedo
- Alimentação é um gesto de amor e carinho assim como a amamentação (ofereça alimentos saudáveis!)
- Não substitua refeições quando a criança não quer comer
- Todas as regras valem para a família toda!
Os livros da Gabriela Kapim tem bastante orientações não apenas nutricionais, que contribuem para a qualidade da alimentação da família toda, mas também há toda aquela estratégia para lidar com as crianças que não gostam de comer o que precisam!
Conheça o livro SOCORRO! MEU FILHO COME MAL, de Gabriela Kapim
Como foi por aqui
Estêvão tinha cinco meses quando a pediatra já sugeriu a iniciar a alimentação infantil com almoço, jantar e frutas. Antes disso ele era apenas amamentado. Acabou que, viajamos para Nova Iorque nesta mesma época.
E por incrível que pareça, as frutas estavam prendendo o intestino do meu pequeno. Aí preferi manter o leite materno e postergar a introdução alimentar para o 6° mês, que alias é o melhor e mais indicado.
A introdução alimentar
Aos seis meses foi indicado administrar duas refeições com frutas e uma principal (almoço). Aos sete meses foram duas refeições com frutas e duas principais (almoço e jantar).
E finalmente, após um ano o Estêvão já tinha três refeições principais, participando das refeições com a família, além das frutas no decorrer do dia.
Mamão, banana e laranja foram as primeiras frutas que ofereci ao meu pequeno. Mamão foi muito rejeitada. E é até hoje! Atualmente consigo fazer com que ele coma mamão em uma salada de frutas por exemplo.
Inicialmente oferecemos as frutas amassadinhas. Não utilizamos peneira ou algum método de triturar como liquidificador ou mixer.
É recomendada pela Academia Americana de Pediatria oferecer para crianças sucos apenas após um ano de idade. Antes disso, é melhor que as fibras e texturas das fibras sejam priorizadas.
E seguimos esta recomendação, talvez até hoje, Estêvão toma muita água além dos sucos e frutas oferecidos no decorrer do dia.
Eu era muito receosa que o Estêvão se acostumasse aos sucos e começasse a substituí-los por água, daí foi fácil seguir a recomendação que citei acima.
Incrivelmente tivemos sucesso com a aceitação das papinhas doces e salgadas. Estêvão sempre foi “bom de apetite”.
Eu cozinhava alguns vegetais, caldo de feijão, carne bem moída (músculo bovino). Ficava uma sopa mesmo. E amassava bem com um garfo na hora de oferecer ao pequeno.
Estêvão comia bem pouco, se considerar o nosso conceito de quantidade! O estômago dele era do tamanho do punho dele fechado. Ou seja, é pequeno!
No período da introdução alimentar do meu filho eu trabalhava fora, não almoçava em casa! O lado “bom” era que o Estêvão almoçava e jantava no berçário.
Digamos que eu tinha essa folga, ou não tinha esse privilégio. Ainda assim eu fazia muitas papinhas para congelar e ter o congelador cheio nos fins de semana! Comprei potes com esta finalidade.
Segue algumas receitinhas de papinhas doces e salgadas que eu fazia para meu filhote:
Banana com mamão
1 banana pequena
½ mamão papaya / ou 1 porção de mamão formosa
Descasque a banana e a amasse com um garfo. Tire a casca do mamão, retire as sementes pretas e também a polpa da fruta. Misture-a com a banana já amassada e amasse tudo. Sirva com uma colher de plástico ou silicone.
*Lembre-se que banana do tipo “maça” tendem a prender o intestino, sendo recomendadas para o caso de diarreias. As nanicas soltam o intestino, sendo usadas para combater prisão de ventre.
Papa de caldo de frango com abobrinha, batata e cenoura
100 gramas de peito ou coxa de frango
1 abobrinha
1 cenoura
1 batata
Água filtrada
Corte o frango em cubos, aqueça o óleo vegetal em uma panela e refogue até mudar de cor, acrescente os vegetais cortados (cortes bem pequenos), uma pitada de sal se quiser.
Cubra tudo com a água e cozinhe lentamente até os vegetais amolecerem. Retire o frango e amasse o restante com um garfo no momento que for servir.
Você pode substituir os vegetais que indiquei por outros. É interessante que tenha um tubérculo como batata ou mandioca. Conforme a idade da criança pode acrescentar macarrão (indicado para sopa) ou até arroz.
É interessante que após o cozimento a papinha fique bem molhadinha, facilita até o mesmo o descongelamento caso você faça receitas assim para congelar.
Após os dois anos
Não posso omitir de você que lê esse e conteúdo e me segue há algum tempo…mas não foi fácil retirar distrações eletrônicas nas horas das refeições.
Atualmente, Estêvão tem 8 anos. O único trabalho que temos no quesito alimentação é que ele simplesmente tem preguiça de comer quando é almoço ou jantar. Inacreditável né!
Pois é, eu fico de olho e conforme a situação acabo ajudando, colocando a colher na boca para insistir mais um pouco, o que tem sido sucesso. E claro, cada dia é um dia.
Agora quanto a variedade de cardápio, Estêvão come tudo e creio que foi graças aos passos da introdução alimentar que foram seguidos (e estão descritos no início deste artigo).
O sucesso da alimentação infantil saudável é uma introdução alimentar bem feita.
Ele é um menino que come muito mais que arroz, feijão e carne. Come folhagens, verduras, frutas. Não gosta de refrigerante (até os dois anos eu nem oferecia né) e quando ele tinha lá seus 3 ou 4 anos fui oferecer e ele se recusou. Isso prova como o paladar dele foi bem treinado e formado.
Agora imagina o paladar de uma criança que com menos de 2 anos de idade come frequentemente chocolate, balas e doces (os aniversários que o digam)?
A base da educação infantil alimentar é a introdução alimentar, em que o paladar é formado. E a partir disso temos a garantia de uma alimentação infantil saudável, que vai durar até a vida adulta da criança. Uma garantia contra a obesidade futura inclusive. Só benefícios não é mesmo?
Agora me conte sua experiência na alimentação infantil do seu filho! É saudável? Vem conversar nos comentários!
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Sou pai e me preocupo muito com meu bebe sempre que posso estudo sovre o assunto para ajudar ainda mais meu bebe a se alimentar melhor. Parabéns pelo blog muito bom.
Olá! Obrigada, vou dar uma olhada no seu tb…vi que tem um site né! Continue nos visitando!
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