O post a seguir foi escrito pela Amanda, do Blog da lingerie. Ela traz um tema bastante atual e comum na vida de muitas mães: a chegada do bebê, principalmente quanto não é o primeiro bebê!
Daqui uns anos passarei por isto, e já estou ficando bem informada com esta leitura! Vamos acompanhar?
Como fica o irmão com a chegada do bebê?
A casa aos poucos vai se transformando em uma sede de fraldas, mamadeiras, chupetas, roupinhas, brinquedinhos.
A barriga da mãe cresce mais e mais a cada dia e este é apenas o prelúdio, o cenário se modificando, se ajustando para a chegada de uma nova criança: a chegada do bebê.
Se já existe uma criança na casa, porém, ela vai fantasiando toda a situação à medida que o tempo passa e os meses vão avançando.
Toda aquela expectativa em torno do bebê que está próximo a chegar e a ansiedade natural que toda espera produz atinge a criança em cheio. Se ela já fala, vai te ajudar a procurar nomes de bebês interessantes.
A chegada do bebê e o ciúme do irmão
A alegria por causa do novo irmão se mistura ao ciúme que vem junto, sentimento que muitas crianças experimentam e que acaba gerando alguns conflitos em família, em menor ou maior grau..
Na cabecinha da criança – que vive entre a realidade e a fantasia – inevitavelmente vem o inquietante pensamento de que a atenção que até então era só dela, agora terá que ser dividida com mais um.
Surge exatamente aí o receio de perder seu posto privilegiado na família, sua exclusividade e a desagradável sensação de que será obrigada daqui por diante a repartir a porção de amor e atenção que recebia até ali, ficando com menos.
Para boa parte das crianças o ciúme acontece e se vai simplesmente, sem maiores problemas, mas é mais comum do que se pensa que algumas delas precisem de atendimento psicológico para que superem a tensão que a situação toda gera.
O dia do parto vai se aproximando, a ansiedade de todos vai aumentando e muitas crianças se sobrecarregam de sentimentos e sensações ambíguos, sofrendo significativa alteração em seu estado emocional.
Lidando com o ciúme do filho mais velho
Os pais têm um papel importante neste período, desde a confirmação da gravidez. A mãe, principalmente, deve ir aos poucos mostrando ao filho como a gestação está progredindo, fazendo com que ele seja participante de todo o processo.
É imprescindível tranquilizar a criança de que o carinho, a atenção, a dedicação e o amor dirigidos a ela em nada vai mudar, explicando que o bebê precisa de cuidados especiais por ser muito pequenininho e indefeso e por não saber fazer nada sozinho ainda.
A criança pode ser ensinada e incentivada a colaborar, ajudando em pequenas tarefas que tenham a ver com o irmão que vai chegar, fazendo com que ela se sinta incluída na nova situação, sendo peça importante no dia a dia, nos cuidados e descobertas.
Só tome o cuidado de não a sobrecarregar de tarefas para que ela não se sinta cobrada em demasia. Muitas crianças passam a se sentir inseguras, achando que perderão seus privilégios e que o bebê é um intruso que vem para atrapalhar o relacionamento que estas já têm com os pais.
É natural que em um clima de tamanha expectativa surja esse tipo de receio, de angústia até, e cabe aos pais desanuviar tais pensamentos.
É preciso ser (MUITO) paciente, compreendendo que se trata de uma situação nova para a criança, que altera sua rotina, causando ansiedade.
Muitas crianças nesta fase podem apresentar também comportamento regressivo: voltar a falar palavras erradas como faziam quando eram menores, voltar a pedir a mamadeira, a fazer xixi na cama, a querer dormir com os pais, a choramingar por motivos aparentemente banais etc.
Tudo isso são tentativas conscientes ou inconscientes da criança igualar-se ao novo bebê, uma manobra para chamar atenção para si, fazendo com que os adultos que a cercam vejam que ela também é “pequena” e que, portanto, necessita de tantos mimos e cuidados quanto o bebê. É o receio de perder o carinho e o amor dos pais que a leva a este tipo de comportamento.
O emocional da criança em formação
A criança ainda não tem a personalidade formada, ainda não tem capacidade total de raciocinar e tirar conclusões mais sensatas ou diplomáticas.
Se pensarmos nesta questão com um tanto de generosidade, porém, vamos constatar que nós, adultos, também nem sempre somos exemplos de bom comportamento e muitas vezes agimos como criancinhas mimadas, querendo chamar atenção, embora a maioria de nós não admita.
A criança não mede esforços para isso, ainda não adquiriu sensatez suficiente e, se for preciso, bota mesmo a boca no trombone, sem nenhuma cerimônia: berra, esperneia, se joga no chão e dane-se quem achar que aquilo é esquisito ou mesmo um belo vexame. O intuito é o de mobilizar atenções, não é?
Então, nessas horas, nada melhor do que bons pulmões e uma dose extra de melodrama.
É claro que brinco com explosões como essas, que são apenas manifestações de ciúmes sem maiores complicações, mas é justo e importante lembrar que muitas crianças apresentam dificuldades reais em encarar a chegada do bebê, que ainda é irmão e em se adaptar à nova condição.
Qualquer que seja a situação – e até porque com um olhar mais superficial não é fácil detectar quando o assunto exige maiores cuidados ou não – o certo é sempre dar carinho à criança.
Como contornar a situação
Não é preciso de mimos nem exageros neste sentido, atendendo-a em tudo para que não se sinta preterida: basta apenas continuar com a dose de consideração, amor e limites que sempre foram oferecidos a ela e deixando claro que nada mudou em relação a isso, tanto em palavras quanto em atitudes!
Para que o impacto da chegada do bebê não seja muito grande, permita que quando chegar da maternidade, deixe que a criança o segure um pouco, chegue perto, diga coisas carinhosas a respeito de ambos, dê um presentinho de um para o outro.
A natureza, o convívio e o tempo se encarregará do resto. Procure gerar menos tensão quanto possível para a criança durante a gestação, estando perto dela, tratando-a com carinho e atenção. Assim, é menos provável que o ciúme – que é natural – assuma proporções maiores e preocupantes.
Parece que a fórmula que mais se adapta a essa fase é mesmo bom senso, compreensão, afeto e união.
Torne a chegada do bebê um acontecimento alegre. Aproveite sua gravidez para conversar descontraidamente com seu filho e conte como foi a chegada dele próprio: mostre fotos, deixe que ele faça perguntas para sanar dúvidas e quebrar a tensão e insegurança que existir e riam juntos. Você verá como ele vai ficar feliz e tudo vai caminhar bem!
Escrito por Amanda Ferreira do Blog da Lingerie
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