Você sabe o que o termo “violência obstétrica” ou violência no parto significa? Buscando meios e me informando bastante para conseguir ter um parto natural e humanizado, me deparei com este termo.
E a partir dele, vários outros surgiram. Logo notei que a violência no parto é real e existem muitas interpretações para ela.
A violência pode ser física, verbal ou psicológica. Acontecem durante o pré-natal ou durante o parto. Não necessariamente virá do médico obstetra.
Mas uma recusa no atendimento, xingamentos e procedimentos desnecessários por parte da equipe médica também são considerados como atos violentos.
Violência no parto normal
Em partos normais (não humanizados) em que a parturiente fica na posição de barriga para cima, é de praxe ocorrer muitos atos ilícitos e considerados como violência no parto pela ONG.
São eles: realizar episiotomia sem necessidade! A parturiente muitas vezes só descobre se esse procedimento foi feito após realiza-lo!
Subir em cima do abdômen. Pasme, mas antigamente isso era comum, afim de “facilitar” a saída do bebê. E há também os xingamentos gratuitos e ainda a presença de um acompanhante que é negada.
Antigamente, trinta anos atrás no mínimo a quantidade de cesariana eletiva era menor, mas os partos que até então eram considerados “normais” eram recheados de atos violentos.
E a parturiente não sabia que tais atitudes da provenientes da equipe médica eram consideradas violência obstétrica.
Violência no parto cesáreo
Nos dias de hoje, muitas mulheres estão se informando como o parto normal deve ser, para enquadrar-se como humanizado e respeitoso.
E assim, dia após dia a realidade descrita acima está se modificando. Todavia, a violência no parto também está presente em situações de partos cesáreos. Mas precisamente quando ela é eletiva.
Ainda existem muitas mulheres que desejam um parto respeitoso e normal. Mas acabam sendo “convencidas” pelos seus médicos obstetras a realizarem a cesárea eletiva. E são “convencidas” por motivos fúteis como, tamanho do bebê ou circular de cordão.
Não que isso inviabilize um parto normal em sua totalidade, mas atualmente, tudo deve ser questionado, verificado. O “simples” fato de dar informação errada ou equivocada com o intuito de enganar a paciente, pode ser considerado um ato de violência.
Quais os seus direitos no momento do parto?
Se você ainda não sabe os seus direitos, você precisa conhecê-los já! Isso como forma de prevenção à violência no parto, já que ela pode acontecer sem que você saiba exatamente o que seja.
São direitos da parturiente no momento do parto:
- Ter um acompanhante, assegurado pela Lei n. 11.108, de 2005, e pela Portaria n. 2.418, de 2 de dezembro de 2005.
- Usar a roupa que achar confortável quando o parto não é em centro cirúrgico (no caso uma cirurgia cesariana)
- Alimentar-se quando tiver vontade (argumentar a real necessidade do jejum)
- Optar ou não pela anestesia
- Optar ou não pela episiotomia (de modo que na maioria das vezes ela não é realmente necessária)
Como Prevenir
Todo comportamento humano que for diferente do ideal, for violento, não respeitoso, pode ser considerado violência obstétrica.
Na verdade, o termo “parto humanizado” ou ainda “atendimento humanizado”, veio apenas para enfatizar o que deveria ser natural. Afinal devemos tratar todos bem, cordialmente, de forma humanizada.
As vontades e necessidades das parturientes quando atendidas são um sinal de que o atendimento está sendo humanizado, respeitoso, e não violento. E afim de prevenir a violência no parto, muitas mulheres realizam o plano de parto.
O plano de parto serve para definir com antecedência junto com o médico obstetra as preferências da parturiente. Nele são documentadas informações como se a parturiente quer ou não anestesia.
Ainda se prefere caminhar durante o período de dilatação e ainda pode permitir a parturiente escolher no momento do parto a melhor posição para parir (caso seja natural).
Antes de qualquer decisão concreta é necessário ter flexibilidade para todos questionamentos possíveis, até que a parturiente se sinta confiante e tranquila.
Eu mudei de parto com 33° semanas de gestação justamente por que desejei um parto natural, e precisava ter a segurança e confiança da minha equipe médica (você e seu médico tem de se concordarem).
Minha experiência
Não sofri violência no parto do meu filho, e preferia passar por cesariana a viver determinados fatos que aqui relatei.
Nos dias atuais para você conseguir ter um bebê através de um parto natural e totalmente humanizado, com zero de violência, é preciso muita determinação e buscas.
Já que a maioria do corpo médico optam e tentam convencer as pacientes a optarem também.
Informação é a chave para muitas conquistas! Em um curso para gestante você vai aprender a lidar não só com a violência obstétrica, mas com tudo que vem na contramão de quem não se informa!
Se você deseja mesmo um parto respeitoso, busque por um médico obstetra que pense como você, de modo que nem você precise convencê-lo do que deseja e nem o contrário!
Ao pular esta etapa, pode ter certeza que a sintonia entre médico – paciente será certa!
Você teve uma experiência assim? Conte-nos! Vamos conversar!
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O pior para mim foi quando um doutor me deu toque comigo tendo contrações. Cheguei a desmaiar dentro do consultório
Eu sofri violência no parto, na minha segunda gestação aos 23 anos tive um parto normal forçado onde 5 enfermeira praticamente subiram em cima de mim, para empurrar a minha bebê e ainda foi retirada por forcip, foi uma experiência terrível fiquei um dia inteiro sem saber nem o meu nome tive perda de memória relâmpago, foi traumatizante, estou grávida novamente da minha terceira filha e estou com muito medo da hora do parto.
Nossa que terrível. Eu nasci em um parto violento, onde minha mãe sofreu algo semelhante. É triste isso…Temos de ficar bem atenta para não cair em um parto assim! Fique em paz quanto ao próximo parto. Tenha informações prévias de como foi os partos anteriores do médico e da maternidade. Boa hora pra você! 😘
Nossa isso deve ser a pior situação na vida de uma mulher, onde seria o dia mais importante da sua vida. Acontecer uma coisas dessa.
Exatamente