Sempre achei estranho ser mãe antes de ser tia. Minhas cunhadas são tias há muito tempo, e não são mães. E com isso eu não tive sobrinho para “testar” os cuidados com um bebê por exemplo. Tive algumas priminhas, porém não tinha aquele gosto que “ser tia” deve ter. É diferente!
No último fim de semana tive uma surpresa. Não tão surpresa assim, mas o fato é que o Estêvão havia dormido de sexta para sábado na casa da minha mãe, e logo pela manhã, minha cunhada me ligou, reforçando, ou melhor, para me lembrar mesmo e avisar que ia passar na casa da minha sogra para buscar o Estêvão, minha sogra e a irmã dela (tia Maria) para dormir na casa dela. Fui emparedada, não tive como dizer “não”. E pra quê também né, tinha era que aproveitar o vale-night.
E aproveitei mesmo, eu e meu marido saímos, fomos ao cinema, jantamos fora enquanto o Estêvão se divertia na casa da tia. E o interessante é que meu telefone não tocou (isso eu não imaginava hahaha) e o menino simplesmente conseguiu dormir a noite toda. Até “tomar” o lugar da avó dele na cama da minha cunhada ele tomou! E a cunhada ainda me disse que achou Estêvão muito independente. Essa parte eu tive de disfarçar. Fiquei pensativa.
Eu creio que dificilmente (pra não dizer nunca) eu perceberia toda essa independência do meu filho. Como mãe, parece que sempre que o Estêvão nota que estou por perto, ele “necessita” pedir minha ajuda para algo (comer, vestir roupa por exemplo). Enquanto que na minha ausência (desconsiderando avós por um breve momento), ele mostra o toda sua capacidade. E foi o que escutei da minha cunhada, que ele vestia a roupa, comia sozinho…
Este fim de semana me ensinou muito. Por mais trabalhoso que seja, é necessário incentivar e criar oportunidades para que mesmo diante da minha presença, o Estêvão demonstre sua independência em comer, vestir roupa e até ir ao banheiro.